sábado, 28 de fevereiro de 2015

O agora é o mesmo para todos



 Gírias, músicas, filmes, acontecimentos históricos e invenções tecnológicas são apenas algumas das características que marcam uma geração. Outra característica, infelizmente, é a falta de diálogos, compreensão e respeito que, às vezes, acontece de uma geração para com a outra.
 É normal que conflitos entre pessoas que nasceram em épocas distintas (e que por isso não pensam da mesma forma) aconteçam, afinal, são justamente esses conflitos que originam as mudanças entre as gerações. O que não é normal, no entanto, é a exclusão de determinados grupos por causa desse fator. Por que redes sociais precisam ser necessariamente classificadas como "coisa de jovem", enquanto jogar cartas na praça é "coisa de velhinho"?
 São exatamente esses estereótipos excludentes que acabam gerando sentimentos de intolerância. Os jovens terminam por se afastar dos mais velhos porque acham que eles não entendem seus modos de pensar, agir e sentir. Os mais antigos, por sua vez, não parecem se esforçar o suficiente para tentar entender que o mundo mudou e o quanto isso influencia no modo de vida dos mais novos. O que realmente é necessário para esses dois atores é sair da caverna, como diria Platão, e conhecer o que está além da zona de conforto de cada um.
 Para tanto, nada mais eficiente do que a mobilização individual. Os jovens podem se organizar para visitar asilos ou tirar um dia para ensinar os avós a usarem o computador, por exemplo. Os que pertencem a uma geração mais antiga podem se empenhar em conhecer novidades do mundo tecnológico, além de se oferecerem para contar histórias divertidas e fascinantes de um passado não tão distante. Os governos de todas as instâncias e a mídia de uma forma geral podem ajudar também, montando e incentivando campanhas, como mutirões de trocas de experiência culturais em espaços públicos que possam integrar as pessoas. Quem sabe assim, apesar de diferentes, as gerações que contrastam na sociedade atual aprendam a conviverem juntas, tendo em mente que o agora é o mesmo para todos.

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