sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Beleza não é saúde

 Apesar de antiga, a ideia de separação entre belo e feio persistiu da Antiguidade até o Mundo Contemporâneo. Das esculturas dos Deuses Gregos, que representavam o ideal de beleza da época, partiu-se para a capa de revistas que, praticamente, ditam o padrão atual. No entanto, a exposição desses parâmetros de beleza pela sociedade afeta de diferentes formas cada indivíduo que a ela pertence. É preciso estar atento aos efeitos nocivos que um padrão inalcançável possa propiciar.
 Mesmo em um mundo integrado e globalizado, a diversidade de comportamentos e estilos de vida ainda se faz bastante presente. Há pessoas que entenderão que não precisam ter o corpo do(a) protagonista da novela, por exemplo, para serem felizes. Outras, porém, irão conectar a ideia de "aparência ideai" ao sentimento de ser aceito que está diretamente ligado à sensação de bem-estar e autoestima.
 Tendo em vista que, aparentemente, a televisão, dentre outros meios de comunicação, pretende mostrar corpos saudáveis, nem sempre os métodos utilizados para chegar lá o são. Para as pessoas que estão em busca da "aparência ideal" vale basicamente qualquer meio para atingir o objetivo. Anabolizantes e "dietas malucas", sem nenhum tipo de supervisão médica, são apenas alguns exemplos que podem acabar estragando o que o grande filósofo Aristóteles considerava a melhor das coisas que um ser humano poderia possuir - a saúde.
 Pensando em soluções para o problema voltadas principalmente ao público mais suscetível a ele (pré-adolescentes, adolescentes e jovens), palestras sobre hábitos de vida saudáveis poderiam se tornar mais frequentes nas escolas, tanto públicas, como particulares. Ademais, deveria haver maior incentivo à diversidade e a promoção de um diálogo mais aberto em casa, na escola e na mídia. O direito à mudança do próprio corpo deveria ser respeitado também, é claro, mas sempre oritentado por um profissional.